sábado, 9 de maio de 2009

death


era criança. ele costumava comprar-me balões, e minha mãe ficava muito aborrecida sempre que os largava. ele sorria-me. e isso bastava. antes esquecia todas as dores, todo o sofrimento. ele era muito feliz, ajudava-me sempre que podia!
depois desse dia, não sabia o que pensar, dizer ou fazer. ele era tudo para mim, era um mundo. pensei que fosse fácil, mas só queria partir também. estava a tornar-me adulta e já percebia tudo de uma maneira diferente. por vezes, a ignorância é preferível. não desejo estes sentimentos a nenhuma pessoa. nada o poderá substituir, nada o apagará e nada o esquecerá. continuará sempre comigo e, por mais ridículo que seja, ainda acredito que ele me ouve, sinto a sua presença e ainda o vejo sorrir.
olho para as estrelas e recordo-me de quando me costumavas dizer que se quisesse, conseguia tocar-lhes.
de repente, tudo ficou vazio. e assim continuou ...

2 comentários:

Inês disse...

está tão bonito!
"ainda acredito que ele me ouve, sinto a sua presença e ainda o vejo sorrir."meu jotinha :)

Anónimo disse...

Perder alguém
É como uma peça que falta no puzzle do nosso ser, do nosso crescimento.
Mas só se perde quem é esquecido!
E quem nos marca assim não se esquece.

Um beijinho