sábado, 19 de outubro de 2013

naked soul


Sais de casa um pouco à pressa, esperando não ter esquecido nada de importante. Encontramo-nos no sítio do costume. Passo-te para a mão, só para te ver fumar. Ver cada fio de fumo a sair e a desaparecer lentamente pelo ar. Já um pouco tontos e com os olhos fechados de tanto rir partimos para mais uma aventura. Vais até ao fim da linha até teres uma lágrima a cair-te pela cara e ir de encontro à tua boca que, no momento, sorri por razão nenhuma e andas como se te empurrassem, não tens controlo sobre ti.  Vejo cada pormenor, mil vezes maior e mil vezes mais sentido. São rituais que se repetem vezes e vezes sem conta. É um mundo completamente à parte em que só tu sabes o que estás a sentir. Curioso, tantas pessoas na mesma sala e cada uma delas vê um mundo diferente, à sua maneira.
Nestas alturas, o relógio não anda, ele corre. Rapidamente vejo o sol nascer e começo a pensar que não quero que acabe, quero que tudo recomece.

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